O Forte do Porto da Cruz localizava-se na freguesia de Porto da Cruz, concelho do Machico, na ilha da Madeira, Região Autónoma da Madeira.
Em posição dominante sobre a baía, foi erguido em 1708. Em 1713 foi nomeado como seu capitão João de Vasconcelos Uzel.
Em 1804 foi desmantelado, tendo sido ordenado à sua guarnição que fosse trabalhar na desobstrução da ribeira de Machico.
As origens da Freguesia do Porto Cruz baseiam-se em lendas, em que a primeira diz que o nome da freguesia provém de uma cruz entre a Ribeira da Manta e a Ponta de São Lourenço, encontrada pelos navegadores.
Outra conta que dos primeiros exploradores deste lugar colocaram uma cruz na pequena enseada que lhe serve de porto.
As primeiras terras da Ilha da Madeira, arroteadas e povoadas na costa do norte foram as do Porto da Cruz e as do Faial.
Um dos primeiros povoadores foi um dos filhos de Tristão Vaz Teixeira.
É de supor que alguns dos seus descendentes tivessem terras de sesmaria nesta freguesia.
Diz-se que ali viveu a antiga família Leal, donos de uma das mais opulentas casas solarengas da ilha, localizada perto da Capela de S. João Nepomuceno.
E como cartaz de encanto, num pequeno monte da freguesia, surge uma casa antiga.
Durante muitos séculos a Ilha da Madeira foi famosa pelo comércio do açúcar, existindo um pouco por toda a ilha, engenhos que transformavam a cana-de-açúcar, em açúcar, mel e aguardente, chegando a quase duas dezenas nos princípios do século XX.
Na freguesia do Porto da Cruz, concelho de Machico encontramos um dos 3 engenhos de açúcar que ainda funcionam na Ilha da Madeira, pertencendo à Companhia dos Engenhos do Norte.
Em funcionamento desde o ano de 1927, o Engenho do Porto da Cruz, actualmente apenas produz Aguardente e mel.
Inicialmente denominado “Grupo Folclórico e Recreativo do Porto da Cruz”, surgiu em 14 de Abril de 1974 resultante de um grupo de cantares então existente. Este novo grupo tinha por objectivos divulgar a cultura genuína do meio onde se insere – Porto da Cruz, e dinamizar o convívio salutar entre as populações. Ao longo dos anos o grupo “transportou” estes traços culturais para fora dos limites da freguesia, evidenciando uma invulgar vivacidade. Esteve na formação do grupo o saudoso Eduardo Caldeira, ícone cultural da freguesia, para além de outros elementos.
Porto da Cruz
A freguesia do Porto da Cruz pertence ao Concelho de Machico. Situada a 36 km do Funchal, já em plena costa norte da ilha, os seus habitantes encontram-se dispersos pelos 2512 hectares. Os principais sítios são Maiata, Casas Próximas, Terra Baptista, Larano, Serrado, Cruz da Guarda, Massapêz e Referta.
Quando, a partir da descoberta da Ilha da Madeira. Em 1419, se fez o reconhecimento e exploração da Costa Norte, da Ponta de S. Lourenço para a Ponta do Pargo, os exploradores arvoraram no porto desta localidade uma cruz feita de paus recolhidos na ribeira. É este o facto que está na origem do topónimo Porto da Cruz.
O actual orago da paróquia é Nossa Senhora da Guadalupe mas anteriormente esta já pertenceu à padroeira de Nª Sª da Piedade e dos Mistério da Vera Cruz.
Nesta freguesia viveram importantes famílias “aristocráticas” como os Baptistas, os Leais ou os Monizes.
Desde sempre ligado à exploração da terra, o Porto da Cruz apresenta uma paisagem eminentemente rural e agrícola. Os seus engenhos atestam ainda hoje a pujança que o açúcar trouxe à economia local.
Principais canções e danças tradicionais
Baile em Cruz (também conhecido por Saltinho ou Polquinha)
Baile da Videira
Mourisca do Porto da Cruz (Instrumental/vocal)
Baile Pai do Bailinho
Baile da Repisa ou Baile Pesado
Baile das Romarias
Chamarrita
A Flor dos Malmequeres
Preto (Instrumental/vocal)
Velha da Cacalhada (Instrumental/vocal)
Baile Furado
Despique
Baile do Natal